Resenha: O que eu quero pra mim – Lycia Barros


Alice é independente, bem-sucedida profissionalmente e muito ambiciosa. Além do sucesso no trabalho, tem um namorado que é o sonho de qualquer mulher: lindo, apaixonado, louco para se casar e ter filhos. Mas ela não é qualquer mulher, e acha que a carreira vem antes de tudo. Então, quando Casseano a coloca contra a parede e exige mais espaço em sua vida, os dois entram em um impasse e acabam se separando. Em poucos dias, Alice sente que o fim do relacionamento está sendo mais duro do que esperava. Para piorar, o trabalho entra em crise e sua sócia, preocupada com a saúde da amiga, a obriga a se afastar por um tempo. As férias a ajudarão a arejar a cabeça e voltar mais produtiva. Com tudo dando errado ao mesmo tempo, Alice aceita a sugestão e compra uma passagem para Londres. Chegando lá, mergulha numa profunda jornada de autodescobrimento e percebe o que realmente importa para ela.O que eu quero pra mim é um romance inspirador, que fala sobre a importância de conhecer a si mesmo e descobrir as próprias necessidades antes de trilhar de forma plena o caminho do amor.

O que eu quero pra mim, romance nacional escrito pela autora Lycia Barros (de A Bandeja) e publicado pela Editora Arqueiro, narra uma história simples de uma personagem que precisa mudar o rumo de sua vida e refletir a respeito do que realmente espera para si.

O livro narra (em terceira pessoa) a história da personagem Alice, que de tão independente afasta as pessoas de seu convívio por não saber demonstrar o quanto as quer por perto, embora intercale capítulos mostrando os momentos de outros personagens. Ela namora Casseano, porém não quer firmar um compromisso mais sério, como por exemplo, dividir uma casa. Ele, por outro lado, está pronto para dar este passo e, logo, os dois não só discordam como também se desentendem de vez. Toda essa atitude de mulher autossuficiente, na verdade, abriga uma garota mimada e egoísta, fútil e insensível. Pelo menos até sua vida dar uma guinada. Sua sócia e amiga sugere que ela tire umas férias para se encontrar e relaxar, o que, a muito custo, Alice acaba fazendo. Ela vai para Londres, passar uns tempos com uma amiga e acaba descobrindo por lá muitas coisas a respeito de si mesma.

O Que Eu Quero Pra Mim acabou não sendo a leitura que eu esperava. Sou uma fã incondicional do livro A Bandeja, da autora, então esperava algo seguindo a mesma linha. O problema é que a Alice é uma personagem que não me cativou nem por um segundo. Todas as atitudes e pensamentos dela são sem sentido e ela me irritou a ponto de não me permitir sequer torcer por um final feliz. Nem mesmo a atração que ela sente por uma pessoa que conhece em Londres faz de sua vida mais interessante, pelo contrário, causa uma confusão nem um pouco positiva com alguém a quem devia respeito. O que eu notei é que, embora a história se passe, na maior parte do tempo, em Londres, na verdade, não há mudança alguma no estilo de vida e olhar da personagem perante o mundo, exceto quando tudo já está além dos limites. Antes tarde do que nunca, certo?

Considerando que a personagem não me agradou e que, nem mesmo os outros personagens (que também possuem capítulos voltados para eles) conseguiram me fazer torcer por eles, a leitura acabou não sendo a melhor. Por outro lado, o livro é curtinho, o que me permitiu ler bem rapidinho, sem que eu desanimasse. O que mais chama atenção, com certeza, é a capa: linda e, claro, tem tudo a ver com a mensagem que a autora quis passar com a história.

“– Eu já defini o meu futuro – disse ela. – Serei uma empresária de sucesso com um namorado maravilhoso para me ajudar a gastar o dinheiro.”

“– Por isso mesmo. Nos damos bem porque cada um tem sua vida. Se untarmos tudo, isso vai desmoronar.”

0 comentários:

Gostou do post? Por que não faz um comentário e deixa uma blogueira feliz? :)