Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia. Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém. Contado em perspectivas e tempos diferentes, EU TE DAREI O SOL é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.
Eu
te darei o Sol (I'll give you the sun), escrito pela Jandy Nelson (de
O Céu está em todo lugar) e publicado pela Editora Novo Conceito, é
um romance/drama delicado e cheio de surpresas, encantador até o
fim.
Lindo,
lindo. Perfeito. É tudo o que eu tenho a dizer.
Mentira.
Vou contar para vocês um pouquinho da minha experiência com esse
livro maravilhoso que tive a oportunidade de ler. Confesso que, a
princípio, senti uma enorme melancolia e até tive dúvidas a
respeito da sanidade dos personagens. Só que tudo isso tinha uma
objetivo, e acredite, faz todo sentido.
Logo
no início, conhecemos o Noah, um garoto de 13 anos cheio de
criatividade, doçura e energia. Seus sentimentos ainda são confusos
e ele despeja tudo na arte. Sua irmã gêmea, Jude, é muito
diferente dele. Ela é extrovertida, anda com a galera do surf e
enxerga a arte de uma outra forma, não menos valiosa. Os dois
pertencem a uma extraordinária família comum e acabam competindo
pela atenção e afeição dos pais. Nada anormal, até então. O
problema é que tragédias também chegam às melhores famílias…
– Seus olhos são de cores diferentes – digo. Como os de um Husky siberiano!– (…) Heterocromia ocular; eu teria sido queimado vivo com aquelas bruxas, acho. – Quero dizer que isso é incrivelmente legal, mas claro que não digo nada. Só consigo pensar que o vi nu, ele. Rezo para que meu rosto não esteja tão vermelho quanto está quente. Ele meneia a cabeça na direção do meu bloco.
Uma
parte do livro é narrada por Noah, aos 13 anos de idade; a outra,
por Jude, aos 16. Essa passagem de tempo parece confusa, mas é
essencial para o desenvolvimento da trama, que precisa, sim, ir e vir
no tempo. A jude de 16 anos é completamente diferente da de 13, e
muito mais parecida com aquele Noah. Por outro lado, este último,
deixou de ser ele mesmo desde que presenciou algo que mudaria a vida
de sua família para sempre. Desde então, eles tentam sobreviver ao
mundo e deixam de confiar um no outro. Logo eles, que trocavam as
maravilhas do universo para agradar sua metade.
(…) mas, que droga, ele está lindo sentado na moto neste dia ensolarado de inverno. Meninos como ele não deviam poder andar de moto. Eles tinham que andar por aí em pula-pulas, ou melhor, hippity-hops. E nenhum cara atraente deveria ter sotaque britânico e pilotar uma moto.
O
enredo é dramático, poético e cheio de luz. A arte está em cada
página, pois os personagens respiram criatividade até mesmo nos
piores momentos. Aliás, cada ser humano descrito na história tem um
tanto de poesia e dor, arte e melancolia, e tudo, tudo mesmo, se
entrelaça majestosamente no final. Os personagens principais são
adolescentes e, consequentemente, possuem dúvidas e instintos à
flor da pele. Noah, em especial, é de uma sensibilidade fantástica.
Mesmo os erros que ele comete conseguem provocar uma sensação de
carinho e, vem cá, jovem, vamos conversar. Já a Jude, não é
exatamente um exemplo de personalidade, embora também tenha sua
peculiaridade, especialmente no que tange sua estranha habilidade de
conversa com o espírito de sua avó e outras coisinhas a mais. A
história aborda muitos assuntos, uns mais polêmicos que outros, mas
todos em perfeita sincronia. Alguns causam o fim, outros o recomeço.
Há também o primeiro amor, complicado e desafiador É impossível
não acompanhar a trajetória dos personagens sem desejar toda a
felicidade do mundo a eles ou cruzar os dedos para que eles tenham um
bom final. Eu me apeguei tanto que tive muito medo de chegar ao fim
e, bem, vocês sabem o que pode acontecer nesse tipo de livro.
Ninguém quer acabar devastado, não é?
Estávamos todos nos aproximando em rota de colisão, de qualquer jeito. Talvez algumas pessoas simplesmente tenham sido feitas para estar na mesma história.
A
capa do livro é simples, mas já denota o que encontraremos durante
a leitura. A editora caprichou tanto que o kit enviado aos parceiros
continha até um livrinho para colorir e giz de cera, com os desenhos
que só o Noah poderia fazer. Fiquei, e continuo, encantada pelo
livro de uma forma inexplicável. Leiam e entendam. :)
– Certo – diz ela. – Árvores, estrelas, ocenaos. Tudo bem.– E o sol, Jude.– Ah, claro – diz ela, surpreendendo-me completamente. – Eu te darei o sol.
Ca socorrooooooooooooooooo!!! Você descreveu exatamente a forma como me senti lendo esse livro, ele é de uma sensibilidade tocante e tava com medo de que final me devastasse tbm. Eu me apaixonei por Noah e Brian, meu deus que garotos incríveis. Acho que o que mais gostei da história é a forma como Noah imagina sua arte,não sei explicar mas ele a traduz de forma tão intensa. Esse livro é favorito!!!
ResponderExcluirNoah é uma coisa linda, ne? Aliás, nesse livro, tudo soa mágico. Apaixonada também!
ExcluirEu já queria ler esse livro, mas depois da sua resenha quero mais ainda, só vejo resenhas positivas sobre ele, e isso só aumenta minha curiosidade e ansiedade
ResponderExcluirMil beijocas
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Vai na fé, rs, é lindo!
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