Resenha: Desafio, de C J Redwine – por Flávia


No interior das muralhas de Baalboden, à sombra do brutal Comandante da cidade, Rachel Adams guarda um segredo. Enquanto as outras garotas fazem vestidos e obedecem a seus Protetores, Rachel é capaz de sobreviver nas florestas e de manejar uma espada com destreza. Quando seu pai, Jared, é declarado morto em uma missão, o Comandante designa para Rachel um novo Protetor: Logan, o aprendiz de seu pai, o mesmo rapaz a quem Rachel declarou o seu amor há dois anos, e o mesmo que a rejeitou. Com nada além da forte convicção de que seu pai está vivo, Rachel decide fugir e encontrá-lo por conta própria. Mas uma traição contra o Comandante tem um preço alto, e o destino que a aguarda nas Terras Ermas pode destruí-la.


Confesso que comprei esse livro pela capa e criei grande expectativa sobre ele ao ler sua sinopse. Mas minhas expectativas não foram superadas. Não é que o livro seja ruim, acho que só esperava um pouco mais... A leitura demora a engrenar pois o início é mais focado nas questões emocionais dos protagonistas, e somente do meio para o final a ação realmente começa. Tive a sensação que a história poderia ser melhor desenvolvida... Enfim, vamos a história... 
 
Depois da devastação causada por uma espécie de mostro, as pessoas se juntaram em cidades-estados que são governadas por ditadores. As mulheres são tratadas como seres frágeis que dependem de um protetor, que inicialmente é seu pai e futuramente passa a ser seu marido. Resumidamente, as mulheres não tem liberdade alguma e são tratadas como inferiores. Nesse contexto, encontramos Rachel que é uma jovem completamente diferente das mulheres de sua cidade. Foi criada por seu pai para ser uma guerreira, uma lutadora e não uma simples dona de casa, propriedade de seu marido. 
 
Quando o pai de Rachel some em terras distantes, sendo dado como morto, sua vida toma um novo rumo, pois seu pai passa oficialmente seu protetorado para a pessoa que ela menos iria esperar: Logan (nosso protagonista masculino que também tem seu ponto de vista narrado na história em capítulos alternados). Ele era aprendiz de seu pai e sua antiga paixão, contudo depois de ter sido rejeitada por ele passou a desprezá-lo. Mas a partir dai ela é obrigada a conviver com ele, já que as mulheres não podem nem sequer sair de casa sem seu protetor. 
 
Logan, além de ser forte e meio que um guerreiro é também um inventor que calcula cada passo, o que faz dele um personagem extremamente racional enquanto Rachel é mais movida pelas emoções. No entanto, os dois são obrigados a lidar com suas diferenças quando o Comandante, ditador da cidade, resolve envia-los em uma missão para recuperar algo que supostamente o pai de Rachel teria roubado. É nesse momento, entre erros e acertos, planos que não dão certo e a determinação de Rachel em achar seu pai e resolver toda a confusão que se formou em sua vida, que começa a ação. Ela parte para as Terras Ermas, arriscando-se a encontrar monstros, salteadores e rastreadores pelo caminho, em busca de alcançar seu objetivo. Enquanto Logan permanece na cidade, pois o Comandante o mantém preso como garantia de que Rachel cumprirá sua missão. 
 
Como já disse, esperava mais da história, mas ainda assim recomendo. É um bom livro para quem gosta de distopias que combinam fantasia e romance tudo num mesmo pacote.

4 comentários:

  1. Eu gosto de distopias, e seria a primeira que eu recusaria, até que vi que o Logan recusou a Rachel, então voltei a me interessar. kkkkk

    Nada contra romances, é que as distopias possuem um foco muito além do romance entre os protagonistas. A mensagem por trás das tramas distópicas é bem maior, e quando o livro se prende ao romance acaba deixando isso de lado. É óbvio que a Rachel e o Logan ficarão juntos no final, mas saber que o amor deles não será o foco do livro me animou.

    Agora isso da ação só começar tarde também não ajuda, como falasse. Porque sim, é verdade que as emoções costumam ser bem trabalhadas nas distopias, até por causa do cenário em que a história está inserida. Mas uma distopia se caracteriza também pelos conflitos constantes que o mundo impõe sobre os personagens. Mas se falasse que vale a pena conferir, então pesquisarei mais sobre o livro. ;)

    E só esclarecendo, não sou perito em distopia, apenas é meu gênero favorito, então falei com base nos livros que li e no que já pesquisei sobre distopia por aí.

    Autor de Mestre de Marionetes
    www.laplacecavalcanti.com

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    1. Eu sempre recomendo, mesmo quando não gosto tanto, exatamente para comparar e desenvolver um senso crítico :)

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  2. Nunca li uma distopia, mas achei a ideia interessante dessa mesmo o romance sendo fraco. A capa tambem e muito bonita e ate desafiadora, kkk. Tambem nao vi desse por ai, nao parece muito conhecido, o que me faz querer mais.

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