MARATONA LITERÁRIA #EuSouDoideira: resenha de True, da Hilary Duff


Este livro encerra a trilogia Elixir, que conta a emocionante saga de amor eterno entre Clea e Sage. A autora retoma a história a partir do final do livro dois, Devoted: devoção. Agora Clea precisará enfrentar uma nova realidade. Para o seu alívio, Sage continua vivo, mas não possui mais o Elixir da Vida -- portanto tornou-se mortal. Mais complicado que isso é o fato de sua alma pertencer a outro corpo, o de Nico, que acabou morrendo durante o confronto final. Além de não ser tão fácil se adaptar à nova aparência de Sage, Clea teme perder a amizade de Rayna, namorada de Nico, que pode não aceitar o fato de continuar vendo seu namorado com a alma de outro homem. Para complicar, Sage não parece tão à vontade nesse novo corpo: ele começa a ter lapsos de memória constantes, muito cansaço e a demonstrar reações cada vez mais agressivas, colocando em risco não só a própria vida como a de Clea. Será que eles vão conseguir achar a resposta para esse descontrole de Sage? Em uma corrida contra o tempo, Clea e Sage buscam desesperadamente a cura para isso, porque ambos sabem que agora só lhes resta uma vida para finalmente serem felizes.


Último volume da trilogia Elixir, escrita pela queridíssima Hilary Duff, True conseguiu se diferenciar dos anteriores, com uma mudança brusca de foco e situação, tudo desencadeado pelos momentos finais de Devoted, segundo livro da trilogia.
Ao contrário dos volumes anteriores, tive mais ânimo para ler este último, que finalmente parecia ter dado um novo rumo para a história.

- Então o passado ficou para trás – ele repetiu. - Tudo o que temos é o agora.
- Não é isso o que todo mundo tem?”

Não sei bem o que eu esperava da série, afinal. Desde o início percebi um vazio de informações e uma falsa convicção de história de amor além do tempo. Como fã da Hilary Duff, posso dizer que dei uma chance à série porque gostaria muito de ver onde a atriz-cantora-escritora conseguiria chegar. O saldo é neutro. Hilary não inovou, mas também não se perdeu. O maior problema da história é a tentativa de se demonstrar o quanto o amor verdadeiro é perfeito, algo que, na minha opinião, não engana a ninguém, já que é cheio de falhas e complicações geradas pelas próprias almas gêmeas.
Sage e Clea não me passaram nada do amor que sentiram em tantas vidas. Sage, em especial, é um personagem muito chato e sem carisma, algo que não condiz com sua apresentação como o “cara” perfeito. Ao mesmo tempo, outros personagens, como Ben e Rayna, apesar de mais participativos na trama, ficaram sem o devido desenvolvimento, deixando a ideia de que, definitivamente, o mundo gira em torno de Clea e Sage.
O novo enfoque da narrativa, que neste livro, apresenta também a visão, em primeira pessoa, de Rayna, a melhor amiga de Clea, ficou sem razão de ser e acabou sendo inútil para os fatos subsequentes, que ainda giraram em torno de Clea...
A mudança de ideal foi algo interessante, diversificando a busca pelo tão esperado final feliz do casal. Com a brusca alteração da personalidade de Sage, Clea precisa lutar por si e por ele, contando com a ajuda dos amigos de sempre. Infelizmente, ao final, todas as explicações necessárias com a conclusão da trilogia acabaram vazias e sem lógica. Ben, um dos personagens que mais me intrigava e por quem eu torcia, não teve um final digno, tendo uma alteração de personalidade desnecessária. Assim como ele pareceu um novo personagem, a história “pulou” de um momento tenso para o epílogo, que também deixou a desejar em vários quesitos.
De fato, não há nada de extraordinário, em momento algum. O que temos é uma finalização água com açúcar de uma narrativa fraca em argumentos, porém bonitinha.
Mais uma vez, por se tratar de leitura feita durante a maratona literária #EuSouDoideira, devo escolher uma música que possa ser associada ao livro e, portanto, escolho a antiga
Endlesslove, cantada por Lionel Richie e Diana Ross, que tem uma letra bem romântica.

E, sim
Você será o único
Porque ninguém pode negar
Esse amor que tenho aqui dentro
E eu vou dá-lo pra você
Meu amor
Meu amor, meu amor
Meu amor sem fim”
(trecho traduzido da música)

0 comentários:

Gostou do post? Por que não faz um comentário e deixa uma blogueira feliz? :)