Após
duas semanas da estreia, finalmente pude assistir a uma das
adaptações literárias mais esperadas do ano. Divergente tem tudo
para ser um sucesso nas telas, assim como tem sido no papel. Como fã
da trilogia homônima, posso dizer que tive muito medo do que seria
apresentado nos cinemas, independentemente do elenco e produção.
Não quero falar muito, sob o risco de me equivocar, portanto
deixarei apenas minhas impressões gerais. Bom... vamos lá.
Dirigido por: Neil BurgerEstreia Brasil:17 de Abril de 2014Baseado no romance homônimo de Veronica Roth.Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Dauntless, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four, um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.
Uma
Beatrice sonhadora em meio ao cinza de sua facção foi um dos
primeiros detalhes que me encantaram. Nunca imaginei a personagem
dessa forma, o que acabou sendo um ponto positivo, logo no início do
filme. Já a Tris audaciosa não me provocou o suficiente, o que não
é, necessariamente, algo negativo. O Caleb de Ansel acabou sendo
extamente o que eu esperava que fosse, ainda que com uma aparência
diferente. Vi a distância e a personalidade calculista de Caleb da
mesma forma que li no livro.
Não
vi muita coisa da Christina interpretada pela Zoe Kravitz,
sinceramente. Will (Ben Lloyd-Hughes) e Al (Christian Madsen) também
poderiam ter se esforçado mais como “amigos” de Tris. Esses três
não me convenceram nem um pouco. Uma pena. Apesar de nenhuma
semelhança com o meu imaginário, Four conseguiu ser o personagem
que pensei que seria, e até melhor, mesmo parecendo um “velhinho”
de 30 anos. Theo James foi um dos poucos que me conveceram.
Outro
detalhe que não posso evitar comentar: quem foram Kate Winslet e
Ashley Judd nesse filme? Nomes de peso como os delas parecem só ter
sido colocados para fazer volume, já que não houve espaço para
suas atuações (assim como não há para seus personagens no livro).
Quanto
ao enredo, acho que foi fiel o suficiente, ainda que o lado político
não tenha ficado em evidência. Gostei muito da visão da Chicago
futurista e destroçada pela guerra, assim como da divisa com o mundo
exterior, algo pouco abordado neste primeiro livro. Posso dizer que
algumas cenas deixaram a desejar, contendo pouca ou nenhuma emoção,
quando deveriam ser cruciais para eventos futuros. Ainda assim, a
ideia foi bem desenvolvida.
Talvez
para os leigos, que não leram o livro, a história tenha soado
maçante e longa. Eu mesma cheguei a pensar assim, embora a
curiosidade fosse grande o bastante para me entreter. Cheguei a
pensar que esta seria uma das melhores adaptações do gênero, mas
conclui que passou longe, por nenhum motivo específico. Fico feliz
por saber que as sequências já foram confirmadas, esperando que
compensem as falhas com a ação digna de Insurgente.
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