Neste dia Internacional da Mulher, o blog não poderia deixar de falar um pouquinho sobre elas, não é mesmo? Sabemos que a maioria dos livros populares e voltados para o público jovem possuem protagonistas mulheres/garotas, mas nem todas são o que podemos chamar de sexo frágil. Na verdade, eu teria, no mínimo, uns 50 nomes para listar como as mais dignas e fortes personagens que já conheci. Vamos lá, o dia é 8 e a lista contém 8 nomes que espero significarem tanto para você quanto para mim. :)
Lembre-se: a lista é
minha e, portanto, ninguém precisa concordar com os nomes e
posições.
1# Sorcha – A Filha da
Floresta, de Juliet Marillier
O domínio de
Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por
homens silenciosos e criaturas encantadas, além dos sábios druidas,
que deslizam pelos bosques vestidos com seus longos mantos... Passada
no crepúsculo celta da velha Irlanda, quando o mito era lei e a
magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima
filha de um sétimo filho, o soturno Lorde Colum, e dos seus seis
amados irmãos, vítimas de uma terrível maldição que somente
Sorcha é capaz de quebrar. Em sua difícil tarefa, imposta pelos
Seres da Floresta, a jovem se vê dividida entre o dever, que
significa a quebra do encantamento que aprisiona seus irmãos, e um
amor cada vez mais forte, e proibido, pelo guerreiro que lhe prometeu
proteção.
Tenho certeza de que, se
você leu o livro, sabe bem a razão de Sorcha ocupar a primeira
posição. Para quem não sabe, se existe uma personagem mais sofrida
do que a Sorcha ainda não escreveram sobre ela. Sorcha é a irmã
mais devotada da literatura fantástica. O que ela faz para ter seus
irmãos de volta é absurdo. O que ela ganha em troca é ainda mais
absurdo. Nada dá certo. No lugar dela eu estaria longe antes que o
garoto terminasse de dizer FADA. Mas enfim, sem todo aquele
sofrimento não haveria história, certo? Com ela não tem mimimi,
diga-lhe o que fazer para resolver o problema e ela fará, custe o
que custar. Acho que todos deveriam ler A Filha da Floresta e se
inspirar um pouquinho no significado das atitudes de Sorcha.
2# Liesel – A Menina
que roubava livros, de Markus Zusac
A trajetória de
Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida,
surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de
livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas
pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe
comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o
subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a
adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por
um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma
série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo
com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.
Ela é só uma garotinha
e ainda tem muito o que crescer. Vivendo na Alemanha nazista da
década de 40, em plena Segunda Guerra Mundial, tudo o que ela quer é
ouvir seu coração. Enquanto judeus e avessos ao nazismo são
perseguidos, Liesel descobre várias formas de amizade, nos grupos
mais diversos. Com a pureza infantil e o olhar maduro de quem já viu
a morte mais do que deveria, não é difícil imaginar que tipo de
mulher a pequena Liesel seria se fosse real. Seria grande,
certamente.
3# Elizabeth – Orgulho
e Preconceito, de Jane Austen
Na Inglaterra do final
do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram
limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos,
uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no
entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de
estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e
defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa
liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela
esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz
também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa
admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade
que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.
Como pode um livro ser
tão clássico e atual, ao mesmo tempo? Não é a toa que Lizzy é
umas das personagens mais famosas da literatura e, certamente, um bom
exemplo a se seguir. Com sua perspicácia, a personagem muda o
próprio mundo e deixa claro que barreiras inúteis criadas pela
sociedade não levam a nada. Mais do que isso, Elizabeth prova que
existem muitas coisas que uma mulher pode fazer para ser notada e,
nenhuma destas é ser um fantoche da sociedade. Existem Elizabeths no
mundo, só não sei onde estão...
4# Tris – Divergente,
da Veronica Roth
Numa Chicago
futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação,
Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a
nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na
Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens
aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a
que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela
que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às
simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre
ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo
uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá
desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a
sociedade supostamente ideal em que vive.
Acho que a maioria
conhece a Tris, certo? Não sou uma grande fã da personagem, mas
adimito que Beatrice Prior surpreende a todos com a maioria de suas
decisões. Nem sempre são as melhores, mas quase sempre são boas
provas de coragem e abnegação. Com a imagem perfeita da garota
pequena e indefesa, consegue derrubar grandes obstáculos.
Infelizmente, seu defeito é agir sem pensar quando se trata de
ajudar aos outros. Hum... será que é um defeito?
5# Katniss – Jogos
Vorazes, da Suzanne Collins
Após o fim da América
do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze
distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das
formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é
com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela
televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de
cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!
Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa,
Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido
distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta,
um garoto que ajudou sua família no passado, também foi
selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas
para ganhar a competição, será preciso muito mais do que
habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser
vitoriosa nos Jogos Vorazes?
Acho que uma das heroínas
mais famosas da literatura atual dispensa apresentações. Katniss
encarou os piores momentos de sua vida mais de uma vez. Ela não só
vive em um mundo terrível, como ainda é obrigada a lidar com
situações cruéis. Tudo para entreter a classe abastada de sua
sociedade. A personagem é uma boa pessoa, acostumada a sobreviver
aos piores dias, mas a maioria de suas grandes atitudes não são
premeditadas. Muitas vezes, ela é impulsionada a tomar medidas e
transformar sua péssima situação em mais um símbolo
revolucionário. No fundo, ela é só uma garota assustada que odeia
o presidente, mas que, por acaso, transforma o mundo em que vive.
6# Isabel – Herdeiros
do Trono, de Elysanna Louzada
Os gêmeos, Pedro e
Eloise Pontes, e Isabel Fernandez, a melhor amiga deles, sempre
sonharam em entrar para a Academia de Cavaleiros, ao contrário de
Tommy, irmão mais velho de Isabel, que desprezava a instituição.
Mas quando Eloise descobre um segredo no passado de sua mãe, a vida
de todos eles muda de maneira surpreendente. Mentiras. Intrigas. Amor
e Sacrifício. Herdeiros do Trono, um romance épico que conta a
história de dois irmãos em busca da verdade, de um jovem disposto a
morrer por sua amada e de uma guerreira que sobreviverá a um teste
que marcará sua vida para sempre.
Por várias razões,
algumas ocultas até para mim, uma das personagens de que mais gostei
em um livro é Isabel. Ela é forte e habilidosa, tem um incrível
senso de proteção para com seus amigos e, mais que isso, sabe como
ninguém, lidar com as piores situações e provas da vida. Na
maioria das vezes, ela não tem tempo para pensar no que fazer, pois
precisa agir rápido. O fato é que, por baixo da fachada de
guerreira, ela é apenas uma mulher que precisa esconder sentimentos
e dores para sobreviver e não sobrecarregar os amigos. Preciso dizer
mais?
7# Hermione Granger –
Harry Potter e as Relíquias da Morte, de J.K.Rowling
Harry está aguardando
na rua dos Alfeneiros. A Ordem da Fênix chegará em breve para
transferi-lo, em segurança, do endereço de sua família trouxa, sem
que Voldemort e seus seguidores saibam. A partir daí, o que Harry
deverá fazer? Como será capaz de cumprir a missão, aparentemente
impossível, que Dumbledore lhe deixou?
Quem não conhece a bruxa
mais inteligente da sua idade? Hermione demonstra grandiosidade desde
a infância, já no primeiro livro da série, mas como poucas
personagens de séries muito longas como Harry Potter, sua
inteligência e lealdade são constantes até o fim. Não há muito
mais o que dizer sobre ela, mas alguém duvida de sua grande
participação na derrota do Lorde das Trevas?
8# Moira – O Vale do
Silêncio, da Nora Roberts
Com elementos mágicos
e toques fascinantes de suspense e sedução, Nora Roberts, autora
número 1 da lista de bestsellers do New York Times, apresenta O Vale
do Silêncio, último volume da Trilogia do Círculo. No reino de
Geall, a erudita Moira ergue a espada em nome de seu povo. Agora,
como rainha, deve preparar os súditos para a maior batalha de suas
vidas contra um inimigo mais pérfido do que qualquer outro que
jamais conheceram. Afinal, Lilith, a vampira mais poderosa do mundo,
seguiu o círculo de seis através do tempo, rumo a Geall.
Presente desde o primeiro
livro da Trilogia do Círculo, só no terceiro é que Moira realmente
age de acordo com suas habilidades. Sua personalidade sensível e,
aparentemente, inofensiva, na verdade esconde habilidades com magia e
o poder dos livros. Como rainha, justiça e coragem não lhe faltam,
mas como mulher, ela ainda terá que lidar com alguns empecílios
para viver o amor proibido e essencial que acaba de descobrir. O mais
interessante é que, apesar de não estar sozinha na batalha contra o
mal, ela é a voz da razão e a fonte de conhecimentos que nem
deveria ter. Sem dúvida uma ótima personagem para fechar a seleção
de mulheres fortes da literatura.
E então, gostou da
lista? Tem alguma personagem que merece estar aí e eu não sei, ou
esqueci?
Já gostei da sua segunda colocação, Liesel. Uma das minhas personagens jovens favoritas. Junto com a Elizabeth, que representa bem a classe feminina com um lado sonhador e determinado. Katniss representa muitas mulheres que não desistem da luta apesar dos pesares. E Hermione, ah, é a Mione.
ResponderExcluirBeijos!
A mulherada manda, apenas!
ResponderExcluirA Menina que Roubava Livros ♥ Muito amor..
Beijinhos
In The Sky. Blog