Resenha: A Biblioteca Perdida, de A.M. Dean


Categoria: Ficção
Autor: A.M. Dean
Selo: Editora Prumo
Páginas: 320
Preço: R$ 49,90
ISBN: 978-85-7927-298-1
Tamanho: 16x23 cm
Ano: 2013
N° catálogo: 978-85-7927-29


 
Emily Wess está prestes a ver sua vida mudar drasticamente. Numa hora, ela é uma pacata professora de história, sonhando com grandes descobertas e uma vida de aventuras ao melhor estilo Indiana Jones, seu herói da infância. Na outra, está embarcando em uma viagem ao redor do mundo, atrás de pistas deixadas por seu mentor, Arno Holmstrand. Pistas estas que a levarão a uma descoberta que não se igualava a nenhuma outra que ela pudesse imaginar: a localização da biblioteca perdida de Alexandria. Durante sete séculos, ela abrigou o maior patrimônio cultural e científico de toda a Antiguidade. O mundo julgava esse tesouro perdido, mas as evidências levam Emily a questionar a história. Agora, ela inicia uma corrida contra o tempo para impedir que o paradeiro da Biblioteca caia nas mãos erradas. À primeira vista, o livro pode parecer um thriller de conspiração aos moldes de O código Da Vinci, mas ele é mais do isso. Ele evoca a emoção de ler os clássicos da literatura de aventura como as histórias escritas por Enid Blyton e Robert Louis Stevenson. Conduz o leitor pelo exótico e romântico Oriente dos heróis intrépidos de Agatha Christie. E o autor, A. M. Dean, ele próprio um historiador, inspirado pelo fascínio que as conspirações exercem na humanidade, levanta a possibilidade de que a famosa Biblioteca de Alexandria tenha de fato sobrevivido. As pistas para desvendar esse mistério estão todas neste livro.


Para quem gosta de livros, basta a palavra biblioteca para trazer determinada leitura à lista de desejados. O título já diz tudo. Há muito tempo ninguém pisa na Biblioteca de Alexandria, aquela imensa obra histórica, perdida durante os séculos. Será mesmo?

Diferente da maioria dos livros que costumo ler, A Biblioteca Perdida aborda mistério, tensão e toda emoção que envolve arquivos históricos. Escrito por um historiador de verdade, a narrativa conduz o leitor ao universo das conspirações e falsas verdades, num ritmo denso e claro. Confesso que não me lembro de ter lido algo do tipo, já que nunca fui muito fã de romances policiais e afins. Apesar disso, o livro me prendeu do início ao fim, com uma trama cujo desenrolar conduzia sempre a algo novo e útil.

Basicamente, para a personagem principal, Emily, tudo começa após o assassinato de um importante colega de trabalho. Logo, ela se vê envolvida na trama, que se mostra muito maior do que a mera morte de um homem que sabia demais. A história toda abrange uma grande viagem por lugares e tempos historicamente magníficos. Enquanto procura a verdade, Emily, uma professora universitária, deixa sua vida pacata e, aparentemente segura, para trás. Não que isso seja um problema, já que em seu interior, ela sempre almejou uma vida mais emocionante. Infelizmente, a aventura em que se vê, não é das mais seguras. O perigo pode vir de qualquer lugar, especialmente quando os envolvidos ocupam cargos importantes em toda parte do mundo.

No universo criado pelo autor, existe a Sociedade, o Conselho e os Guardiões. A Sociedade tem um segredo que pretende guardar para si, enquanto o Conselho quer utilizar o tal segredo para fins de dominação do mundo. Neste meio, estão os guardiões, que precisam tomar a decisão correta e lidar com um dos maiores mistérios globais. Dentre todo tipo de conspiração no mundo, esta é realmente a mais inesperada, embora faça todo sentido.

Com uma narrativa cheia de detalhes e constatações históricas, A Biblioteca Perdida consegue levar o leitor a pensar e descobrir, com base nas pistas encontradas por Emily. É um livro para amantes de História, mistério, conspiração e grandes descobertas. O final é simples e surpreendente, de forma que o que se procura pode estar mais perto do que se imagina.

O último ato estava completo. Arno juntou as mãos, entrelaçou os dedos e olhou na direção da porta do escritório, que se abriu bruscamente.”

A maioria das pessoas presume que ela foi destruída, embora não tenhamos nenhuma prova concreta disso. Simplesmente desapareceu. Um verdadeiro mistério.”

A beleza do lugar era estonteante, e suas dimensões eram enormes. Havia espaço para centenas de milhares, até milhões de livros.”

A biblioteca pode ser velha... dra. Wess... mas sempre esteve voltada para algo novo...”

O conhecimento não pe circular. Circular é a ignorância. O conhecimento repousa no que é antigo, mas sempre aponta para o novo.”

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