Um Milhão de Sóis, publicado pela Novo Século, é o segundo volume da série Através do Universo, da Beth Revis. Trata-se de uma distopia e, como a própria capa sugere, a história se passa no espaço, a bordo de uma nave. Para quem curte histórias espaciais, melancólicas e misteriosas é uma série muito indicada. Se você ainda não conhece/leu Através do Universo, o primeiro livro, sugiro que dê uma olhada na resenha e corra para o livro.
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Mais
uma vez, a leitura se inicia com um ritmo lento, sem fortes emoções,
mas nada que não tenha acontecido em Através do Universo. Alguns
podem chamar de chato, mas acho a autora faz muito bem em desenvolver
a trama lentamente para só então a ação começar. Boa parte do
livro é bem parada, mas quando finalmente temos ação, acredite, é
uma loucura.
O
grande dilema neste segundo volume é a liderança de Elder, que não
só não agrada a todos, como também se mostra cada vez mais frágil.
Apesar disso, gostei muito da forma como ele lidou com todas aquelas
pessoas. Amy também demonstrou uma importância bem além do
imaginado, graças a um plano inesperado de pessoas que não estão
entre eles. Alguns personagens, moradores da nave desde sempre,
começam a manifestar certos desvios de personalidade, ou melhor,
passam a causar problemas, o que é muito irritante, mas também
essencial para o desenrolar da história. A nave ainda está em busca
de Terra-Centauri e as pessoas estão cada vez mais inquietas com o
enclausuramento. O que quer que faça, Elder sabe que precisa
levá-los até lá, mesmo que isto já não estivesse nos planos de
Eldest.
A
narrativa ainda é em primeira pessoa, com capítulos alternando o
ponto de vista de Amy e de Elder. Como já disse, a ação não é
uma característica da série, mas acontece na medida certa, trazendo
fatos novos e de muita importância. Romance também não é
característico, embora exista, de uma forma leve e sem criar grandes
expectativas. Naturalmente, quese todo o mistério apurado durante a
leitura de Um Milhão de Sóis, é desvendado ao final da trama, mas
apenas para nos levar a um detalhe apavorante.
Não
há muito o que falar sem deixar o melhor para a leitura do livro,
por isso acho melhor parar por aqui. Preciso deixar claro que,
definitivamente, este é um livro que desperta no leitor várias
emoções, quase sempre antagônicas, mas que ao final, é muito
fácil compreender a razão de ser umas das melhores distopias por
aí. Ficção científica, revoltas e impotência humana são ótimos
ingredientes para uma boa história estelar.
Godspeed estava cheia de mentiras. Agora é governada pelo caos.
É uma frase, quatro palavras repetidas em letras minúsculas: abandone toda a esperança.
Qualquer um que não esteja trabalhando, qualquer um que não preencha as necessidades da nave... essas pessoas não estão seguindo você.
- Volte para mim – sussurro para o capacete de Elder, mas não sei se ele pode me ouvir.
A emoção corre pelas minhas veia, fazendo-me engasgar. Eu me sinto insignificante, uma pequena partícula cercada por um milhão de sóis.
Izzie gostou da capa :) |
Apesar de se tratar de um tema interessante, não sei se teria paciência de lê-lo. Não gosto de histórias muito paradas, e ele acabaria jogado em um canto da estante :|
ResponderExcluirBeijinhos,
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