Enclave (Razorland 1), Ann Aguirre

Infelizmente, Enclave não teve os direitos comprados por nenhuma editora no Brasil, até onde sei, o que é uma pena. A história é muito boa e bem desenvolvida. A série tende a ser um sucesso e não sei o que estão esperando para lançá-la por aqui. 

 

Em um mundo pós-apocalíptico, as pessoas não duram muito e são forçadas a conhecer seus limites muito cedo. Deuce está treinando para ser uma guerreira, na verdade, uma caçadora. Ela terá que enfrentar missões perigosas ao lado de um misterioso caçador, Fade. Lutando contra seres incansáveis e tendo que lidar com líderes sem coração, Deuce embarca em uma jornada ainda mais complicada após um incidente na Enclave que culminou em sua expulsão do lugar, juntamente com Fade. Agora, eles precisam subir à superfície e lidar com o calor do sol e a penumbra da noite na cidade fantasma que um dia fora uma metrópole e, ainda, com inimigos quase desumanos. Em meio a todo o esforço em prol da sobrevivência, novos dramas surgem e ameaçam complicar também a relação entre os parceiros.

Enclave é um livro simples, do tipo que você lê e quer chegar ao final, mas que quando acaba te faz querer mais. É o típico Young-Adult inteligente, com fatores que agradam aos seguidores do gênero, mas também não insultam sua inteligência. É fácil gostar dos personagens, que aqui não são chatos e indecisos. É uma distopia bem adolescente, com pontos “fofos” à sua maneira, mas muita ação e detalhes típicos do estado de necessidade que conhecemos. Gostei muito da Deuce, o que é raro já que eu sempre consigo odiar os protagonistas das histórias que, geralmente e infelizmente, são chatos, bobos, indecisos e irritantes. Em alguns momentos me irritei bastante com a situação em que se encontravam os personagens e com a falta de diálogo, mas acho que os pequenos detalhes inacabados estarão bem configurados no segundo livro, Outpost. Tenho esperança de ler em português este segundo volume, mas até agora, nenhuma novidade acerca das editoras.