Breve resenha de Delirium, da Lauren Oliver e Impressões sobre a Adaptação

Há algum tempo, foi divulgado que o livro Delírio, ou Delirium, primeiro livro da série escrita por Lauren Oliver seria adaptado para a televisão pela Fox. A notícia é boa para os fãs da série e, se tudo correr bem e, o episódio piloto for aprovado, teremos uma nova série de tevê bastante promissora.

Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?

A história gira em torno de uma sociedade futura em um mundo onde os sentimentos são considerados empecilhos para o desenvolvimento humano. Assim, as pessoas passam por um procedimento cirúrgico no qual se retiram os tais sentimentos e, assim, a pessoa inicia a vida adulta com base em decisões razoáveis, sem que qualquer emoção possa influenciá-los dali para frente. Para eles, o amor é uma espécie de doença fatal e incurável, devendo ser prevenida para que nunca se contraia.
Lena Haloway tem dezessete anos e está prestes a passar pela intervenção científica que eliminará sua capacidade de amar. Ela está ansiosa, de forma positiva, já que acredita que esta seria a melhor forma de se resguardar o cumprimento das regras e manter longe o passado que ainda a assombra. Vivendo com parentes após a perda de sua mãe para a doença do Amor Delíria Nervosa, ela vive uma vida simples e cheia de normas, acreditando que receber a "cura antecipada" é a melhor forma de se viver. Solitária, sua única amiga se chama Hana, mas esta é um pouco mais evasiva nas questões da sociedade, quebrando algumas regras ao frequentar ambientes proibidos. A punição para quebra das regras é bastante severa e, portanto, Lena não é o tipo que se arrisca. Porém, tudo muda quando decide avisar a amiga sobre o grave perigo que sofre ao estar presente numa das festas proibidas. O problema é que ela chega tarde demais e o terror domina todo o lugar antes que ela encontre Hana. Exposta  e sem saída, ela tenta fugir dos guardas armados e cães dilaceradores quando encontra Alex, que a ajuda a escapar, mas não antes que algo ruim aconteça.
Com todo o medo e adrenalina, Lena leva algo além de uma bela ferida. Sua vida está envolta em algo que parece ser o princípio da tão temida doença e tudo se complica com a descoberta de algo ainda maior e que nunca imaginaria.
A narrativa é muito boa, típica de Lauren Oliver, claro. O tema, em geral, não tem nada de muito original, mas é muito bem abordado. Trata-se de um típico livro sem final, ou seja, você precisa muito da sequência e esperar é uma opção irritante, mas necessária.
Quanto à adaptação, sei que não será fiel ao que o livro propõe, mas isso não é novidade. Toda adaptação, especialmente no caso de séries para tevê, só precisa de uma base para que se desenvolva todo o resto. A proposta já é boa e uma boa inflada no roteiro, certamente, transformará a série em sucesso. 
A personagem principal, Lena, parece que já pertence a uma atriz de que gosto muito: Emma Roberts. Confesso que nunca imaginei como a Lena seria, mas quando soube senti que seria perfeita. Não tenho palpites para os outros, mas creio que serão boas escolhas após a escolha de Emma. Agora, só nos resta esperar para ver e torcer para a provação do Pilot...

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